Weintraub e o irmão, Arthur, são professores da Unifesp e ajudaram a formular as propostas de campanha de Jair Bolsonaro
Fonte: Carta Capital
O economista Abraham Weintraub, que vai substituir Ricardo Vélez no Ministério da Educação, também é um seguidor de Olavo de Carvalho, ou olavete, como são chamados os discípulos do guru de Jair Bolsonaro. Assim como o antecessor, ele acredita que as teorias do astrólogo são a ponta de lança na luta contra o “comunismo” e o “marxismo cultural” nas universidades.
No fim do ano passado, ele e o irmão foram à Cúpula Conservadora das Américas contar como as ideias de Olavo de Carvalho os ajudaram a enfrentar o comunismo nas universidades. Em meio a uma explanação econômica e política, ele defendeu o modus operandi do filósofo. “Quando ele [um comunista] chegar pra você com papo de ‘nhoin nhoin nhoin’, xinga. Faz como o Olavo diz pra fazer. E quando você for dialogar, não pode ter premissas racionais.”
“A gente tem a técnica de vencer eles, a gente é a prova disso. A gente adaptou a teoria do Olavo de Carvalho de como enfrentar eles no debate intelectual”, disse. O irmão Arthur completou: “O Brasil é a salvação do mundo. Teve uma onda evangélica e você teve os olavetes, juntou monarquistas e tal. E o Brasil conservador cristão conseguiu dar o primeiro sopro de contrarrevolução contra os comunistas.”
Weintraub e o irmão, Arthur, são professores da Unifesp e ajudaram a formular as propostas de campanha de Jair Bolsonaro. A adesão à campanha rendeu problemas a ambos na universidade. Foram alvo de processos administrativos e criticados pelo centro acadêmico. No ano passado, Arthur chegou a processar alunos que os chamaram de fascista.
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